EBD

O Ensino Bíblico Gravuras

 

CURSO BÍBLICO: TEMOR A DEUS E INTIMIDADE

 

Prof. Eliseu Pereira (eliseugp@yahoo.com.br)

LIÇÃO 2 – COMUNHÃO COM DEUS

GLORIAR-SE EM CRISTO (2ª parte) 

Texto: “o que para mim era lucro, considerei perda por causa de Cristo” (Fp 3.2-17).

 

[1]          Revisão

a.      Verdadeira religião: adorar a Deus; gloriar-se em Cristo; não confiar na carne.

b.      Credenciais pessoais: Paulo apresenta as credenciais antigas e explica como ele passou a confiar plenamente em Cristo.

c.      Confiar: ninguém vive no vácuo; confiar em Deus é não confiar na carne. A ação do Espírito é desarraigar-nos do mundo e plantar-nos em Cristo.

 

[2]          Gloriar-se em Cristo — o que significa

a.      Glória: (1) fama; celebridade, renome, reputação; (3) honra, orgulho; (4) magnificência, brilho, esplendor, prestígio; (5) alegria, satisfação; (6) grande mérito; superioridade; (7) ufania, vaidade, vanglória; (8) homenagem (Dic Aurélio).

b.      Gloriar-se: significa ter satisfação, alegria (Sl 64.10); orgulhar-se de algo;

c.      Gloriar-se em Cristo: atribuir tudo a Cristo; a salvação é pela graça; reconhecer que não tem glória própria.

               i. “Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus” (Rm 4.2).

             ii. “pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para quem ninguém se glorie” (Ef 2.8,9);

           iii.Cristo se tornou tudo para nós para que “aquele que se gloria, glorie-se no Senhor” (1Co 1.29-31).

            iv.“Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor. Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, mas, sim, aquele a quem o Senhor louva” (2Co 10.17).

d.      Compare os textos abaixo:

               i.Jr 9.23-24: “mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer”.

             ii.Gl 6.14: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de... Cristo”.

e.      Conclusão: a cruz de Cristo é a base e o caminho para conhecer a Deus.

f.        Gloriar-se em si mesmo: ou “confiar na carne”; orgulhar-se de si mesmo, atribuir suas vantagens a si mesmo como fonte.

g.      Qual a base da glória humana? Perguntas para pensar (1Co 4.7).

               i.“Pois quem é que te faz sobressair?”

             ii.“e que tens tu que não tenhas recebido?:

           iii.“... e, se o recebestes, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?”

 

[3]          Aplicação prática de gloriar-se em Cristo

a.      Esperança: “gloriemo-nos na esperança da glória de Deus” (Rm 5.2-b).

b.      Tribulações: “mas também nos gloriemos nas próprias tribulações” (Rm 5.3); ver também “mais me gloriarei nas fraquezas” (2 Co 12.9).

c.      Deus: “mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem acabamos agora de receber a reconciliação” (Rm 5.11). “A minha alma se gloriará no Senhor” (Sl 34.2); “Em Deus nos gloriamos” (44.8). “Gloriai-vos no seu santo nome” (Sl 105.3; ver 1Cr 16.10);


 

[4]          Conhecimento de Cristo:

a.      Conhecer a Deus na face de Cristo (2Co 4.6); conhecer a Jesus é conhecer a Deus; experiência  da redenção; o conhecimento de Cristo é dado pelo Pai, por meio do Espírito Santo (Mt 11.27; 13.11; Lc 8.10; 10.22; Jo 10.15);

               i. “para ganhar a Cristo” [v. 8b] e “para o conhecer” (v. 10);

             ii.“quem me vê a mim, vê o Pai” (Jo 14.7-11; c/c 8.19).

           iii.“... a fim de que o Pai seja glorificado [reconhecido] no Filho” (Jo 14.13).

            iv.“E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1Jo 5.20).

b.      Sublimidade: excelência, supremacia; superior; para possuir o que é exclusivo, é necessário perder o que é menor (‘pérola valiosa’, Mt 13.45-46).

               i.Sublimidade x esterco: ou ganho (lucro) e perda (prejuízo); ganhar a Cristo implica em perda; viver para Cristo implica em morrer para si mesmo; quanto as perdas pessoais, somente Deus poderá dizer quanto, onde, o que e como.

             ii.Conhecimento sublime: o conhecimento espiritual é mais excelente do que os ritos, tradições, práticas e religiosidade; “Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, conhecerá a respeito da doutrina” (Jo 7.17); o novo homem “se renova para o pleno conhecimento daquele que o chamou” (Cl 3.10).

c.      Cristo Jesus, meu Senhor”: relacionamento pessoal servo-Senhor, filho-Pai, co-irmão, co-herdeiro, amigo; relacionamento marcado por fé, amor e alegre submissão; experiência genuína do perdão e do amor de Deus;

 

[5]          Por amor de Jesus:

a.      Amor: o conhecimento de Deus se dá em um relacionamento de amor, cujo iniciador é o próprio Deus (Cl 1.27; 1 Jo 4.8-10).

               i.“conhecer o que nos é dado” (1Co 2.12).  

b.      Amar com prioridade:

               i.Amor íntegro: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt 22.37,38); coração (volitiva), alma (emocional), entendimento (intelectual) e forças (Mc 12.30; Lc 10.27); amar o Senhor acima de todos (ver Mt 10.37).

             ii.Melhor amor: “abandonaste o teu primeiro amor” (Ap 2.4)

           iii.Condições para discipulado: tomar a cruz de Cristo implica em renunciar aos próprios caminhos (Mt 10.38,39; 16.24-26; Mc 8.34-37; Lc 14.26-27,33.

 

[6]          Propósitos:

a.      Primeiro propósito: indicado pela palavra ‘para ganhar a Cristo’ (v.8b)

               i.Em Cristo: “ser achado [em Ele]; definição da vida cristã é “em Cristo”.

             ii.Justificação: outra relação de perda — perde a justiça de obras para ganhar a justiça da fé; significa perder o direito de julgar a si mesmo e os outros e depender única e exclusivamente do juízo de Deus.

b.      Segundos propósitos:

               i.Conhecer: repete o v.8; o conhecimento de Deus é progressivo  (2Pe 3.18).

             ii.Experimentar o poder da vida nova: não apenas nascer de novo de uma vez, mas experimentar, viver a novidade de vida (Rm 6.4).

 

[7]          Orações de Paulo para refletir:

a.                                   “Deus... vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso entendimento para saberdes...” (Ef 1.17-19).

b.                                   “que o vosso amor aumente mais e mais no pleno conhecimento e toda a percepção” (Fp 1.9);

c.                                   “que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual... crescendo no pleno conhecimento de Deus ” (Cl 1.9,10;

d.      “Para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência” (Cl 2.2,3).